agosto 17, 2012
agosto 07, 2012
PAGANDO AS CONTAS III
Fui pra prancheta e comecei a desenhar em uma folha A4. Mudei um pouco a roupa do rapaz da direita enquanto eu o rabiscava, pra deixá-lo com uma aparência mais sóbria e careta, contrastando com o outro rapaz, cujo visual é mais estiloso e descolado. Dei a ele uma camisa de botões e tirei os adereços do braço. Minha maior preocupação era evitar cair no estereótipo e no lugar-comum.
Resolvi mudar o cenário e desenhei um bloco do Campus, ao invés da calçada, pra dar um clima ainda mais universitário. Coloquei, ao fundo, uma menina carregando seus livros nas mãos e arte-finalizei tudo.
Hora de sacar o computador, a tablet, a coca-cola, os fones de ouvido e sentar pra colorir a ilustra. Não usei uma paleta específica aqui, mas optei por cores bem leves e bastante chapadas.
Esta é a ilustração pronta. Note que, por uma decisão editorial, tive que retirar a identificação do bloco do Campus e do livro que está na mão do rapaz da direita. Usei as cores pra encobrir tudo. Clique na imagem pra ampliar.
E aqui, uma edição já impressa do informativo.
Confesso que gosto bastante de produzir estas ilustrações. Apesar de uma ou outra interferência, tenho muita liberdade pra fazer as coisas do meu jeito, opinando ou modificando como eu julgar necessário. Tentei, com esta ilustra, ser o mais respeitoso possível com um tema já bastante delicado, que não precisa de mais estereótipos ou deturpações. Espero, sinceramente, ter conseguido alcançar este objetivo.
Um abraço! .
maio 03, 2012
FONTE "VINTAGE"?
Quando eu penso em quadrinho autoral, me vem à mente uma página feita todinha à mão. Toda rascunhada, arte-finalizada, balonizada e letreirizada (e muitas vezes colorizada) pelas próprias mãos do artista que a idealizou. Quadrinho autoral, para mim, deve refletir a individualidade e a subjetividade do autor. Talvez por isso, torço o nariz todas as vezes que vejo interferências alheias ou técnicas industriais em trabalhos ditos autorais.
Obviamente que a coisa não funciona assim. Quadrinhos, na maior parte das vezes, são um produto industrializado destinado a comercialização e geração de lucros, tanto quanto um eletrodoméstico qualquer, e isso reflete também na produção autoral. É só notar o quanto alguns trabalhos de autor estão cada vez mais parecidos com as HQs feitas em regime de linha de produção das grandes editoras, como a Marvel e a DC.
Quando faço uma história, tento sempre fugir disso. É claro que a estética e a linguagem são as mesmas, mas tento fazer a história o mais artesanal possível, mais individual e subjetiva possível. Faço os balões e as onomatopeias sempre à mão. Dependendo da história, às vezes dispenso a régua e faço os requadros e também as retas dos desenhos todas manualmente. Mais importante: faço sempre as letras à mão. Sempre. Diferente da maioria, não uso o Photoshop para letreirizar os balões (muito raramente o faço nos títulos de algumas histórias), porque nada me dá mais a impressão de um quadrinho autoral do que a fonte da letreirização feita pelo próprio autor.
Dá só uma olhada na imagem abaixo.
Abaixe essa arma, rapaz, porque a questão não se resume apenas a isso. Eu mesmo já desenhei roteiros de autores que foram letreirizados no PS por uma terceira pessoa e colorizada por uma quarta. Embora feita no esquema industrial, não dá pra dizer que não é um quadrinho autoral. Sem contar que existem vários quadrinhos de autor feitos em duplas, ou em equipes, com técnicas artesanais ou no computador - algumas HQs feitas COMPLETAMENTE no computador.
Mas só tenho mesmo a sensação de estar lendo um quadrinho autoral quando vejo uma página feita todinha à mão. Inclusive as letras.
Um abraço.
abril 13, 2012
HISTÓRIA CURTA
Algumas imagens de uma história curta que acabo de terminar, e que será disponibilizada na web em breve.
Aguarde mais informações sobre isso.
Abraço.
abril 10, 2012
Seu Madruga no Instagram?
Você já deve estar ciente da polêmica sobre a abertura do Instagram, o aplicativo coqueluche hype até então exclusivo para o IPhone e que virou sinônimo de status na net, para usuários do Android. Tem um milhão de links no Twitter para artigos em sites e blogs que destrincham o assunto e trazem informações sobre a polêmica. Não discorrerei, portanto, sobre a polêmica em si.
Eu não dava a mínima importância para o aplicativo, até começarem a pipocar na timeline do meu perfil do Twitter centenas de fotos com os filtros vintage do Instagram de desenhos, páginas de quadrinhos ou etapas de produção de desenhos que os artistas que sigo tiravam e postavam. Comecei a achar legal demais tudo aquilo e passei a me interessar pelo aplicativo e pelas belas imagens que ele pode proporcionar.
Mas havia um problema. Ele era exclusivo para proprietários do IPhone! E eu, que sou um baixa-renda assumido, obviamente não tinha um. Na verdade, sempre fui da opinião que pagar 2 mil dinheiros em um celular que faz praticamente as MESMAS coisas que um outro que custa 400 era muita burrice. Nada contra quem o faz, mas dou um certo valor ao pouco dinheiro suado que ganho com muito trabalho para esbanjá-lo assim. Me restava utilizar filtros de aplicativos genéricos como o FXCamera (que supre bem a necessidade, diga-se!) para alcançar um resultado similar ao dos artistas que faziam uso do Instagram.
Mas eis que, há pouco menos de uma semana, a ganância dos administradores do aplicativo falou mais alto que as reclamações da elite IPhônica e o Istagram abriu suas portas para usuários do sistema Android. E eu, baixa-renda assumido, resolvi chamar o maior representante latino-americano da classe social dos baixa-rendas para registrar minha opinião sobre o mimimi generalizado na rede do passarinho azul.
Fala aí, Seu Madruga!
Não preciso dizer que usei filtros do Instagram nessa foto, preciso?
abril 03, 2012
NEEB
Só pra tirar as teias de aranha do blog, fique aí com uma fan art jogo rápido que eu fiz da bacaníssima NEEB, HQ do classudo Eduardo Medeiros. Desenho feito durante o expediente, direto na bic azul.
Você também pode ver esta (e outras) fan art no blog do Edu.
Abaixo, a capa da NEEB, que ainda está à venda. Eu já tenho a minha. E você?
E postarei em breve mais coisas sobre uma HQ que estou finalizando.
Espere e verás!
Aquele abraço efusivo.
dezembro 20, 2011
SANTA, I'M YOUR FATHER!!!
A piada é tão óbvia que alguém já deve ter feito isso:
Isso significa que Darth Vader é o... VOVÔ NOEL?!?
Um feliz Natal e um excelente Ano Novo pra nós!
E aguarde algumas mudanças para este blog no começo do ano que vem. Vai ficar mais interessante e bacanudo.
Até 2012!
dezembro 14, 2011
Passo-a-passo bacanudo
Como eu comentei anteriormente, ainda não postei aqui no blog um desses "passo-a-passo" bacanudos do processo de produção de uma ilustração ou de uma página de HQ, algo que planejo há um tempo. Abaixo estão algumas lâminas da ilustração feita para a capa de um jornal institucional da UFF e que fui salvando ao longo do trabalho. Ainda não é um passo-a-passo bacanudo, mas é o que deu pra arranjar por enquanto.
Prometo um passo-a-passo decente em breve. Desta vez, de uma página de HQ.
Até!
novembro 05, 2011
Pagando as contas II
Enquanto não consigo uma vaga no disputado e altamente especializado mercado de quadrinhos, vou dando meus pulos por aqui para continuar pagando minhas contas.
Na verdade, não é bem assim. Eu tenho trabalho fixo que garante o sustento, mas é sempre bom poder receber algum para desenhar de vez em quando.
Essa ilustração eu fiz para a capa de um periódico institucional da Universidade Federal Fluminense. A matéria é sobre um projeto voltado para a educação matemática.
A impressão ficou excelente, como você pode ver nas fotos abaixo.
Fiz algumas outras ilustrações internas também, mas isso fica para outro post.
Por falar em outro post, no próximo vou fazer um passo-a-passo sobre essa ilustra. Notei que não fiz nenhum ainda aqui no blog.
Aquele abraço.
outubro 04, 2011
setembro 02, 2011
Pensando em que?
Rabisco que fiz no sketchbook durante um happy hour de sexta com o pessoal do trabalho. As donzelas aí estavam numa mesa à nossa frente. Fiquei imaginando no que elas estariam pensando na hora. Garanto que pelo menos um deles eu acertei...
Usei uma caneta-pincel dahora novinha que eu havia acabado de comprar. Isso explica esses rabiscos epiléticos. Ou seria o álcool no meu sangue?
agosto 20, 2011
agosto 10, 2011
Aprendendo...
Não fiz faculdade de Design, Artes Visuais, Desenho Industrial ou nada parecido. A vida me levou a completar minha formação acadêmica em outra área. Valho-me sobretudo de meu autodidatismo (além de um ou outro curso de desenho que fiz quando guri) para nadar num mar infestado de tubarões das artes gráficas. Só não fui engolido ainda porque tenho muita disposição e um tanto de teimosia. No entanto, vez por outra surge uma oportunidade de aprender com gente que sabe, que pode orientar e ajudar a abrir caminhos que sozinho seria mais difícil de conseguir. Não costumo deixar passar quando uma dessas aparece.
Participei, no mês passado, de uma oficina do Ciclo Mandacaru de Oficinas de Ilustração, na Caixa Cultural do Rio.
Ministrada pelo bamba da ilustração Rogério Nunes (o Charada da foto acima), que já trabalhou para a VIP, Playboy, Você S/A, Superinteressante e uma outra dezena de publicações, a oficina Processo Criativo para Ilustração discutiu principalmente o mercado de ilustração editorial, com enfoque em revistas de banca. O bacana foi o exercício, que consistiu em produzir, a partir de fotocópias de matérias já publicadas com a ilustração ocultada pelo Rogério, o conceito que melhor traduziria o texto. Depois, seriam comparadas com as ilustrações oficialmente publicadas nas matérias.
Participei, no mês passado, de uma oficina do Ciclo Mandacaru de Oficinas de Ilustração, na Caixa Cultural do Rio.
Ministrada pelo bamba da ilustração Rogério Nunes (o Charada da foto acima), que já trabalhou para a VIP, Playboy, Você S/A, Superinteressante e uma outra dezena de publicações, a oficina Processo Criativo para Ilustração discutiu principalmente o mercado de ilustração editorial, com enfoque em revistas de banca. O bacana foi o exercício, que consistiu em produzir, a partir de fotocópias de matérias já publicadas com a ilustração ocultada pelo Rogério, o conceito que melhor traduziria o texto. Depois, seriam comparadas com as ilustrações oficialmente publicadas nas matérias.
Estavam presentes, entre os vinte participantes, estudantes universitários de Design e Artes, profissionais iniciantes, gente cascuda da ilustração e um ou outro aventureiro. Meu camarada Pato Vargas também estava lá.
Abraço.
julho 22, 2011
julho 20, 2011
NA COLÔNIA PENAL
Rabisco no skethbook (ainda não é um Moleskine, mas aguarde!) feito durante palestra de um evento mais eficaz pra dormir do que RIVOTRIL. Aconteceu num final de semana inteiro e era obrigatório para funcionários como eu. Ô, vida...
Saí desenhando qualquer coisa, sem uma ideia fixa do que sairia. Só depois percebi que fiz um cara numa cela. Acho que era o meu subconsciente quem estava com o lápis na mão...
Saí desenhando qualquer coisa, sem uma ideia fixa do que sairia. Só depois percebi que fiz um cara numa cela. Acho que era o meu subconsciente quem estava com o lápis na mão...
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